Qualquer temporada no futebol americano é de suma importância para a carreira de um quarterback. Em um período de apenas dois anos, é possível vermos um QBs indo de “aclamado pelos seus torcedores” a “backup” facilmente, uma vez que não existem grandes garantias nesta função, não importa se esse veio em uma primeira ou sexta rodada.
No football, especialmente na National Football League, nem sempre o merecimento é o que fala mais alto. Tanto que centenas de quarterbacks que vieram com grandes expectativas do college, que apresentavam nele um ótimo braço e uma excelente habilidade atlética, não deram certo no profissional. Para ser um quarterback realmente competitivo (e de um modo geral inquestionável em termos de titularidade) é preciso bem mais que isso – e vários titulares na atualidade sabem do que eu estou falando.
Para 2017, quatro QBs carregam uma incômoda incerteza: todos eles vêm de temporadas decepcionantes, as quais, combinadas com outros contratempos negativos em suas carreiras, resultam em uma enorme pressão sobre cada um deles. Assim sendo, para Bradford, Dalton, Palmer e Smith, esta temporada significa muito mais que uma nova tentativa de chegar ao título. Individualmente falando, este ano pode representar seriamente como será o futuro, em termos de titularidade, de cada uma desses jogadores.
Com isso em mente, decidi olhar atenciosamente para a conjuntura vivida por esses quatro quarterbacks e analisar sobre qual deles a pressão por uma boa campanha é maior!
Sam Bradford
Parece que foi ontem que os Rams selecionaram Sam Bradford na primeira escolha geral, vindo de Oklahoma. Todavia, se esse fosse o caso, poderíamos dizer que o quarterback ainda estava com crédito no nível profissional; mas isso não é verdade. Desde 2010, Bradford tem colecionado temporadas decepcionantes, seja por performances ruins ou por graves lesões. Em todo seu tempo na NFL, ele só foi titular em uma temporada completa duas vezes, sendo que ainda não sabe o que é ultrapassar a marca das 4.000 jardas e nem de 21 touchdowns aéreos. Tudo isso, contextualizado por uma campanha 32-45-1 como titular na liga.
Em 2017, ele terá a interessante missão de liderar o jovem ataque do Minnesota Vikings, que foi um dos mas improdutivos da temporada passada, e não estará sozinho nisso: Teddy Bridgewater, aparentemente, estará totalmente recuperado e promete brigar pela titularidade. Uma nova temporada grande produtividade para Sam Bradford pode custá-lo o status de quarterback titular na National Football League.
Andy Dalton
É quase impressionante olharmos para Andy Dalton atualmente e lembrar como sua carreira profissional foi se desenrolando. Em seus cinco primeiros anos na NFL, Dalton levou os Bengals aos playoffs em todos eles, tendo ainda totalizado 4.293 jardas e 33 TDs em 2013. Em contrapartida, vale ressaltar que em cinco partidas de pós-temporada, o camisa #14 não conseguiu nenhuma vitória – e por isso ele está sufocado neste momento.
Há quem diga que o que era para ser visto de Dalton na liga, já passou. Em outras palavras, desconfia-se que sua evolução na National Football League chegou ao fim, e que agora é preciso encontrar alguma maneira de ser competitivo caso queira se manter under center por alguma franquia. Cincinnati não sabe o que é vencer uma partida de mata-mata desde 1990 e, em meio à tanta confusão, Andy Dalton deveria ser o mais preocupado com esse fato neste momento.
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Carson Palmer
Definitivamente, Carson Palmer chega pressionado para 2017. Estou falando de um quarterback que foi primeira escolha geral de 2003, mas que desde então já defendeu três franquias diferentes e triunfou apenas uma vez nos playoffs. Juntamente a isso, é preciso lembrar que Palmer já tem 37 anos, algo que muda sua conjuntura perante aos outros QBs citados aqui: mais um ano decepcionante para o camisa #3 (seja por lesão ou qualquer outro motivo), pode encerrar qualquer tipo de esperança que as franquias – especialmente o Arizona Cardinals – tem no veterano. Em meio à especulações de braço improdutivo e até mesmo aposentadoria, Carson Palmer precisa nos mostrar que suas atuações de 2015 ainda podem se repetir.
Alex Smith
Entre todos os quarterbacks citados aqui, Alex Smith é o que mais disputou partidas de pós-temporada, com seis. Além disso, ele é o único que venceu pelo menos 11 partidas em três das últimas temporadas que disputou, sendo peça importante deste Kansas City Chiefs. Isso posto, você talvez esteja se perguntando porquê Smith, então, está sob pressão. O calcanhar de Aquiles do camisa #11 é seu “conservadorismo”. Em outras palavras, Smith simplesmente não consegue impor um jogo vertical perigoso para os adversários, usando e abusando dos passes curtos para as laterais.
Assim sendo, não precisa ser nenhum expert em futebol americano para saber que em algum momento das partidas, principalmente nos playoffs, será preciso soltar o braço, arriscar, “tirar um coelho da cartola” que decida o confronto. Em 11 temporadas na NFL, podemos dizer que Smith conseguiu isso pouquíssimas vezes, sendo otimista. 2017 pode ser sua última chance de mostrar que pode ser pelo menos um pouco competitivo em pós-temporada. Caso contrário, os Chiefs parecem já saber em quem apostar.
Qual desses QBs está mais pressionado para esta temporada? Mande sua opinião para nós nos comentários ou pelas redes sociais!
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